Manuel Cargaleiro nasceu em 1927 em Portugal.
Realizou os seus estudos em Lisboa onde frequentou a Escola Superior de Belas Artes para se dedicar às Artes Plásticas.
Em 1949, expôs pela primeira vez no I Salão de Cerâmica Moderna, em Lisboa.
Em fevereiro de 1954, expôs na Galeria de Março em Lisboa, representando um marco importante para o reconhecimento do seu trabalho no mundo das artes. Nesse mesmo ano inicia funções, que mantém por 4 anos, de professor de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Também em 1954, foi galardoado com o Prémio Sebastião de Almeida.
A sua primeira formação como ceramista valeu-lhe a incursão no mundo então muito pequeno das artes portuguesas, de que viria a partir para procurar horizontes mais abertos.
Em 1955 recebe o Diploma de Honra da Academia Internacional de Cerâmica, em Cannes. Uma bolsa de estudos pelo governo italiano, através do Instituto de Alta Cultura, em 1957, permite-lhe aprofundar os seus conhecimentos na arte da cerâmica em Faenza, Roma e Florença. No seguimento dessa viagem fixa residência em Paris, onde se tornou mais tarde, artista representado em permanência na Galeria Albert Loeb, até 2015.
Em 1958, torna-se um dos primeiros bolseiros da Fundação Calouste Gulbenkian, possibilitando a realização de estágio na “Faïencerie de Gien”. Expõe cerâmicas e guachas, em 1959, com Camille Bryen e Jean Arp, na Galeria Edouard Loeb. Nesse mesmo ano, apresenta obras na Exposição de Cerâmica Contemporânea no Museu de Ostende, na Bélgica.
Nas décadas seguintes participa em inúmeras exposições individuais e coletivas, em diversos países, designadamente França, Brasil, Japão, Alemanha, Itália, Angola, Moçambique, Espanha, Venezuela, Suíça e Bélgica.
Em 1980 destacam-se as exposições na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, no Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, e na Casa da Cultura de André Malraux, em Reims.
O Presidente da República Portuguesa atribui-lhe, em 1982, as insígnias de Comendador de Santiago da Espada. É condecorado Oficial das Artes e Letras pelo governo francês em 1984. Em 1988 é agraciado com a Grande Cruz da Ordem de Mérito pelo Presidente da República de Portugal. Manuel Cargaleiro é convidado, em 1985, para participar nos primeiros encontros de artistas plásticos da América Latina, Espanha e Portugal, em Jerusalém. Em 1990 criou a Fundação Manuel Cargaleiro, atualmente sediada em Castelo Branco, à qual doou um vasto conjunto das suas obras enquanto artista e colecionador, tendo em setembro de 2005 cumprido um dos principais objetivos com a inauguração do museu, em Castelo Branco, que no ano de 2011 é ampliado. No ano de 1995 executa painéis de azulejos em diversos locais públicos em Portugal, como também para a estação de metro parisiense Champs Elysées-Clémenceau, em Paris. Em 1999 é-lhe atribuído o 1º. Grande Prémio Internacional “Viaggio attraveso Ia Cerâmica”, colocando-o como grande referência artística em Itália, sendo inaugurado em Vietri sul Mare, no ano de 2004, o “Museo Artistico Industriale di Ceramica Manuel Cargaleiro”, que em 2015 se instala em Ravello, na Costa Amalfitana, com a designação “Fondazione Museo Manuel Cargaleiro”. Em 2016 Manuel Cargaleiro encontra-se representado em permanência na Galeria Hélène Bailly, em Paris.
Em Março de 2016 inaugura uma exposição de cerâmica, na Galeria AP’ARTE, no Porto.
Em Novembro de 2018 apresenta uma exposição Individual "Gesto e Forma, na AP'ARTE Galeria, Porto.
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