17 ABR-29 MAI
Em espaços de liberdade criativa assumidamente emotiva, em segredos de imagens que contaminam o esplendor da invenção artística, em rasgos de transcendência incontida espelhada em sucessivas explosões de sensações, Eduardo Verde Pinho doa-nos pinturas que não são passivas gotas de orvalho, mas torrencial chuva estética que emancipa a indiferença e projecta o observador na racionalização das próprias pulsões do inconsciente.
Desenhando directamente na tela as cores ao pincel, de forma que a linha é pintura e desenho em harmonia visual pura, Eduardo Verde Pinho procura, na primeira fase da sua obra, captar, com despreocupação de perfeição e sem tibiezas de estilo, a provocação arrojadamente interpretativa do homem no deambular em sociedade e em peregrinação de existência. Resulta uma pintura (...)
Delfim Sousa
Director da Casa-Museu Teixeira-Lopes